sexta-feira, 30 de novembro de 2007
A entrevista de Cardoso da Silva
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Mais um alerta
Através de email, chegou-nos um alerta que aqui reproduzimos para informar e discutir. Trata-se de uma eventual manobra para o actual executivo levar avante mais despedimentos.
Antes de mais quero dar-vos os parabéns pela excelente ideia de criar o blog lisboaemalerta e espero que continuem com o bom trabalho.
Estou a escrever-vos porque hoje o meu chefe de divisão recebeu, do nosso director municipal (supostamente a pedido do presidente), o seguinte pedido:
Listagem dos contratados/avençados que se encontrem ao serviço, fazendo referência aos seguintes pontos
- Nome
Obrigada pela atenção dispensada. Uma "recibo verde" Pedimos desculpas por não reproduzirmos o texto na integra mas julgamos ser mais conveniente para evitar pistas sobre a identificação da colega.
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Moção do PCP à AM de Lisboa
Considerando que:
O Senhor Presidente da CML informou esta Assembleia, no passado mês de Setembro, que existiam então, no Município, 1036 trabalhadores em regime de tarefa e avença e outros 228 com contratos de trabalho a termo certo;
Entretanto, mais de 120 trabalhadores já terão recebido uma comunicação da CML informando que não vão ver renovados os seus vínculos com a Autarquia;
A grande maioria destes trabalhadores satisfaz necessidades permanentes de serviço, com horário diário completo e sujeição hierárquica em termos idênticos aos demais trabalhadores;
O Município não poderá prescindir destes trabalhadores sem comprometer o normal desempenho dos serviços ou mesmo, nalguns casos, levar à sua extinção efectiva, como parece ser o caso da Divisão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, onde toda a actuação levada a cabo até agora, indicia a intenção de encerrar um serviço da Autarquia que tem desenvolvido um valioso trabalho na defesa da saúde dos trabalhadores e que ainda agora, só no campo da saúde mental, presta apoio a cerca de 2.000 utentes;
Há que salvaguardar as legítimas espectativas de quem estando a trabalhar em situação precária, no Município, em muitos casos, há oito anos e mais, esperava, justamente, uma oportunidade de regularização da sua situação laboral.
O Grupo Municipal do PCP, na sequência de diversas iniciativas já levadas a cabo, propõe que a Assembleia Municpal de Lisboa, reunida a 20 de Novembro de 2007, delibere:
Que a Câmara Municipal preste informação a esta Assembleia sobre critérios e avaliações que estão a ser utilizados, no tratamento deste assunto e bem assim dos esforços que estará a desenvolver para que os trabalhadores com vínculo precário sejam integrados nos Quadros de Pessoal da CML; (aprovado por unanimidade)
Que a Câmara Municipal desenvolva todos os esforços junto da Assembleia da República no sentido de que esta possa concretizar a discussão e votação de Projectos de Lei, já entregues, visando a regularização de vínculos precários na Administração Pública e a criação de um Programa Nacional de combate à precariedade e ao trabalho ilegal. (rejeitado. Votos a favor: PCP, PEV, BE; abstenção: CDS-PP, PSD; votos contra: PS) O Deputado Municipal do PCPJoão Saraiva
O nosso blog no Gente de Lisboa
Descobri há pouco tempo o "blog dos precários".
Confesso: tive uma espécie de MixFeelings em relação ao blog... Por ser anónimo, publicar os nomes das pessoas, com os salários, etc. e por ter, apesar de tudo, algum pendor anti-Sá Fernandes que naturalmente me incomoda...
Por outro lado "só a verdade é revolucionária"... E a lista que eles publicaram dos avençados mais caros da Câmara vêm confirmar um dos meus avisos num post de há umas semanas atrás, quando falei do problema da "desdobragem de assessores" e dos limetes salariais demasiado elevados.
Nestas polémicas sobre se os blogs anónimos, tenho defendido que não vale a pena lutar contra a evidência de que estamos numa época e num mundo em que a informação circula muito rápidamente e que os novos meios tecnológicos permitem que qualquer um crie um mail, faça um blog e escreva uns comentários anónimamente...
Este "blog dos precários" é sem dúvida uma forma moderna de fazer a luta. É uma forma de luta à século XXI e que se está a mostrar ser um excelente complemento de outras formas de luta mais tradicionais.
O blog é muito interessante e é bem o espelho da complexidade de toda esta situação, das termendas injustiças que se estão a cometer, do justo capital de critica acumulado durante tantos anos pelos trabalhadores e do tanto, tanto que há a fazer para endireitar as coisas.
Como é um blog sobre Lisboa, vai para aqui ao lado.
[Bernardino Aranda]
_________________Convém ler:
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Comunicado
A equipa que decidiu levar a cabo este blog não quis nem quer servir o interesse de qualquer partido político. Como funcionários precários estamos ao serviço da Câmara Municipal de Lisboa, não de forças políticas. É a entidade que nos paga o vencimento, não o vereador a, b ou c nem sequer o Presidente que neste momento, e por acaso é o Dr. António Costa.
Quanto à lista de avençados que publicámos anteriormente, resta-nos esclarecer que quem a forneceu publicamente prestou em nosso entender um serviço ao município. Foi assim que o entendemos e por isso lhe demos o relevo que achámos devido. A lista é autêntica e denuncia perante quem estiver interessado situações que uma administração pública eficiente e transparente não pode nem deve esconder dos seus cidadãos, dos seus munícipes, nem dos seus agentes, funcionários ou contratados. Deixamos ao critério de todos analisá-la e julgá-la.
Se assim o entenderem, continuaremos a denunciar e a defender a nossa causa que passa por justiça, logo pela integração no quadro de todos aqueles que dia a dia estão na CML para trabalhar e dignificar uma das instituições mais importantes do País. Nós fazemos por isso, pelo que exigimos ao poder político e administrativo do municipio que o faça também.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Reunião de trabalhadores
NOTA: Agradecemos à CDU do Lumiar a divulgação do blog (clica). Esperemos que mais forças públicas sigam o exemplo porque a nossa luta tem de ser divulgada. Obrigado
Duas comunicações importantes
Venho por este meio deixar aqui um contacto para, quem estiver interessado, me contactar e fazer parte de um possível grupo que irá avançar com uma acção judicial.
Mais informo que já estou em contacto com um advogado e que, como seria de esperar, a força de várias pessoas juntas é maior do que de uma individual (para não falar no preço de todo o processo)
Nesse sentido, gostaria que passassem palavra ou então que escrevessem este mail no blog.
Agradeço desde já a vossa disponibilidade,
Um Verde Recibo
contactos para o endereço verdes.recibos@gmail.com
UM CASO DE POLÍTICA DE PESSOAL removido a pedido do visado
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Uma lista a ter em conta
Maria João Silveira Aragão Lamy Sanina 4298,53 DMC
Maria do Rosário M S Alpoim Calvão 4235,00 DMSC
Francisco José Viegas 3810,26 DMC
Hugo Paulo Melo Gomes 3684,45 DAP
Maria Madalena Marques Santos 3511,04 DMASED
Tomas P E S Collares Pereira 3438,82 DMC
Anabela dos Santos Maria Alves 3388,00 DMSC
Maria Alexandra Rentroia Bonito 3388,00 DMSC
Adriana Drago 3185,00 DAP
José Carlos Mendes 3151,93 DMSC
Romão Conceição Batuca Lavadinho 3151,93 DMSC
Joana Isabel A P Rodrigues Mateus 3137,93 DAP
Pedro Manuel Moreira Santos Cardiga 3137,93 DAP
Ana Ataíde Mascarenhas Avilez Duarte 3025,00 DAP
Vitória Maria Ferreira O M Azevedo Fernandes 3025,00 DAP
Paulo Manuel Rodrigues P Campos Lopes 3025,00 DMAU
José Eduardo Melo Gouveia 2958,28 DAP
Ricardo Francisco Silva Salgado 2947,56 DMC
Anabela Vieira Lourenço 2877,23 DMF
Marta Cristina Duarte Rodrigues 2849,24 DAP
Nuno Ricardo Maurício Dias 2783,00DMCRU
Filipa Lopes Fonseca Romão Dias 2738,77 DAP
José Carvalho Ferreira 2701,93 DMSC
Rui Miguel Cintra Martins 2701,93 DMC
Isabel Maria Nunes Anacleto 2689,99 DAP
Maria Madalena Osório Pinto 2662,00 DAP
Roberto Carlos Rodrigues Marcos 2569,66 DASED
Pedro Aragão Morais Teotónio Pereira 2556,78 DMC
Sílvia Marisa Capinha Ferreira Lourenço 2548,42 DMPU
Maria da Graça Torres F Casimiro Rodrigues 2514,63 DAP
Apelamos a que se forem detectadas falsidades nesta lista que nos seja comunicado. Em nome da verdade e da transparência.
Sublinhamos ainda que alguns destes contratos têm características verdadeiramente chocantes, como por exemplo terem sido modificados no final do mandato de Carmona Rodrigues para fugirem ao controlo do novo executivo (caso da maioria dos contratos da DMC) - uma situação de ilegalidade gritante! Investigue-se por favor pois é caso de polícia.
«a metodologia [para as rescisões] foi a que foi aprovada: a análise pelos directores municipais da necessidade desses trabalhadores e se essas funções podiam ser satisfeitas por quadros do município»
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Comunicado de imprensa do Vereador Sá Fernandes
Rescisões de contratos a "recibo verde" na CML
José Sá Fernandes exige cumprimento do Programa de Saneamento Financeiro
Na sequência do envio de cartas de rescisão de contratos de cerca a 125 trabalhadores da CML que se encontram a "recibo verde", o Vereador José Sá Fernandes solicitou imediatamente ao Vereador das Finanças que fossem dados a conhecer os critérios que estiveram na base destas decisões, com a máxima urgência, defendendo que esta clarificação é absolutamente essencial.
O Vereador considera que cada contrato em regime de avença deverá ser avaliado caso a caso, sendo fundamental haver rigor e critérios transparentes na análise de todos os casos de rescisões.
A posição sempre defendida pelo Vereador José Sá Fernandes é a de que não devem ser os trabalhadores da autarquia a pagar pela situação de grande dificuldade financeira que a CML atravessa, pelo que o processo já em curso deverá ser reavaliado. Recorde-se que, por proposta do Bloco de Esquerda, foi introduzido no texto do Plano do Saneamento Financeiros da CML que a redução prevista de 30% do valor das avenças, não resultará de qualquer despedimento de trabalhadores precários, ficando expressa a «intenção de integrar no quadro da Câmara, em diálogo com os Sindicatos, todos os contratos de avença que prefigurem contratos de trabalho».
É fundamental que fique garantido o princípio de que todos os trabalhadores a 'recibo verde' que configurem verdadeiros contratos de trabalho devem vir a ser integrados nos quadros da CML. Este é um compromisso já assumido pela CML que não pode ser subvertido pelo envio de cartas de rescisão, sem critérios conhecidos.
Por tudo isso, o Vereador José Sá Fernandes defende que é urgente que se clarifiquem os critérios da gestão do pessoal avençado.
O Gabinete do Vereador José Sá Fernandes
12 de Novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Reunião de Trabalhadores Precários
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Ainda há aposentados com CPS
O mínimo que podemos dizer é que esta situação é absolutamente intolerável, ainda mais quando se despede uma mulher grávida, um pai e uma mãe de família e tantos outros que dependem única e exclusivamente do seu trabalho. Pensamos que é mais uma estranha situação para a tríade António Costa-Cardoso da Silva-Centeno Fragoso explicarem aos trabalhadores precários da CML, aos trabalhadores do “quadro” e a toda a opinião pública. Será que é isto que significa o estudo “caso a caso” à maneira do Sr. Presidente?
Agradecemos também o e-mail de um dos psicólogos da Divisão de Saúde, Higiene e Segurança dispensado pela CML após 8 anos de serviço. È mais uma situação dramática a que estamos atentos, ainda mais porque a medicina do trabalho na Câmara está em risco após inúmeras rescisões com profissionais da saúde. Quanto à questão de concertarmos esforços comuns para uma luta colectiva, penso estarmos todos de acordo, pelo que faremos tudo o que nos for possível para lhe dar visibilidade. Foi esse o principal objectivo ao criarmos este blog. Para já, é a resposta que podemos dar.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Esclarecimentos
SINDICATO – Penso ser unanime consideramos o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa um aliado de peso na nossa luta. Poderemos pontualmente discordar de algumas posições, mas temos como certo que o sindicato tem de ser envolvido em toda esta situação. Esse envolvimento, como é óbvio, também parte de nós, daí ser impreterível a cooperação de todos com a mais representativa estrutura sindical da CML. Desde já se apela a que seja assinado por todos, incluindo funcionários do "quadro", a petição promovida pelo STML que está a circular nos serviços da CML.
O TEMPO DE SERVIÇO – Na verdade, penso que todos concordamos que o tempo de serviço não significa necessariamente zelo e competência da parte de alguns contratados. Todos sabemos que existem mecanismos bem peculiares nesta casa que tendem a arrastar no tempo as situações mais escandalosas.
Tivemos conhecimento de um arquitecto que trabalha como avençado nesta casa (mais precisamente na DMGU) há mais de dez anos, com um contrato de avença. Mas, acreditem ou não, no serviço ninguém o conhece porque, ao que se sabe, o senhor apenas se dirige às instalações para deixar o “recibo verde” à secretária de um director. O que queremos dizer com esta pequena história é que as verdadeiras avenças existem mas, como se vê, há algumas em que se desconhece se as pessoas fazem na verdade trabalhos para a Câmara que justifiquem o seu contrato e o seu vencimento, independentemente dos anos em que situações destas se arrastam.
Convém ainda acrescentar que a questão do tempo de serviço, apesar dos estranhos casos de negligência e desleixo dos dirigentes, é um indicador vital para se perceber que se as pessoas cá estão há tanto tempo é porque fazem falta. O caso da colega com dez anos de casa despedida na semana passada da Polícia Municipal é um exemplo disso mesmo: trata-se de uma trabalhadora que cumpria horários, tinha subordinação hierárquica e, mais a mais, já tinha passado por vários serviços da CML (a julgar pelo e-mail que recebemos de uma colega identificada). Se não demonstrasse competência provavelmente teria sido já dispensada por qualquer dos outros executivos passados. Apesar de reconhecermos que há quem tenha um pouco mais que estrelinha de sobrevivência aqui na CML...
A QUESTÃO DOS NÚMEROS – Reconhecendo que na publicação passada não fomos muito claros quanto à incongruência dos números de trabalhadores precários apresentados por António Costa, passamos a explicar:
Na entrevista publicada no Diário de Notícias de domingo passado, o Presidente da CML dizia terem sido denunciados 127 contratos com prestadores de serviços, restando ainda 938 “recibos verdes” na CML. Antes disso, frisava que o número total de trabalhadores era 1 038. Se a adição não falhar temos que 938 mais 127 são 1065 e não 1038 como o número que surgiu apresentado em quase toda a imprensa e pelo próprio Presidente.
Afinal em que ficamos? Há aqui uma incerteza de números que se configura perigosa. Mais a mais, a relação destes números com aqueles que eram apresentados pelo anterior executivo lançam ainda mais dúvidas. Não esqueçam que o quadro de direito privado englobava 1278 vagas. Houve assim tanta gente a conseguir entrar em concursos ou a abandonar o barco?
O BLOG SÓ ACABA SE ANTÓNIO COSTA FIZER JUSTIÇA – E entendemos por fazer justiça a abertura de vagas nos quadros da Câmara Municipal de Lisboa para quem dá dia após dia o seu esforço e a sua dedicação à CML, sua entidade empregadora.
Pensamos deixar assim, mais uma vez, resposta a quem continua a acusar o blog de se limitar a promover uma campanha contra José Sá Fernandes.
A REVELAÇÃO DE NOMES – Pelo calibre do poder instalado na CML, um blog como este representa riscos, nomeadamente o de colocar o emprego das pessoas em causa.
Se atenderem à apresentação que fizemos do blog sabem que vamos continuar a manter o anonimato de quem nos contactar via e-mail com situações e casos que estejam a ocorrer nos serviços. Foi precisamente isso que fizemos na publicação “Um caso a condenar”. Podemos acrescentar que a situação se passou numa das divisões do Departamento de Educação e Juventude não estando por isso a cometer qualquer inconfidência. Quem nos escreveu relatando o caso não apontou nomes por isso também nós desconhecemos quem terá agido daquela maneira. Claro que se alguém quiser acrescentar mais alguma coisa pode fazê-lo nos comentários que são completamente livres e não filtrados. REUNIÃO - Pedimos desculpas aos divulgadores de uma reunião que terá acontecido hoje no Campo Grande com os "recibos verdes", mas não nos foi possível aceder ao correio electrónico ao longo do dia. Solicitamos que nos vão mantendo informados com alguma antecedência para que possamos divulgar as iniciativas. Agradecemos também se nos quiserem comunicar os resultados tidos na reunião e frisar mais uma vez que não tivemos conhecimento da sua realização atempadamente.
Continuem a contribuir com a vossa participação. Esta luta é de todos nós! Obrigado.
Um testemunho
Sou mais uma da lista dos 125 ou 127.
Estou na CML desde Junho 2000. Entre muitas histórias desde a reestruturação de 2002/2003 rescindiram-me o meu contracto a Setembro de 2005. Pus a CML em tribunal e ficou provado que o meu contrato de avença era um contrato de trabalho disfarçado mas não ficou provado que o agregado familiar (eu, meu marido que também é funcionário da CML e duas filhas agora de 4 e 5 anos) não necessitava do meu ordenado para se manter. Imagem empréstimo para habitação e pagamento mensal da creche (como por acaso elas não entraram na creche da câmara - fiquei mais tarde a saber que também era por cunhas) vindo de um só ordenado mais a deslocação para Lisboa uma vez que não moramos cá. O advogado na altura perguntou se era possível conseguir outro contrato. Depois de muita ajuda por parte de alguns colegas do quadro já com alguma idade, fizeram-me novo contrato por três meses noutro departamento. Ficou renovado passado 6 meses. Claro que pagaram a remuneração mensal com todos esses meses de atraso. Após isso, um colega perguntou-me se estava interessada em trabalhar num grupo de trabalho em que tinha trabalhado inicialmente (de 2000 a 2003). Aceitei mas isso meteu mais trabalhos entre os directores municipais dos dois departamentos (aquele em que eu estava e o outro que queria que eu fosse para lá). Tive que solicitar á Vereador do departamento em que estava a rescisão do contrato a favor do outro departamento. Foi aceite. E o ordenado sempre em atraso. Entretanto fiz o trabalho mas sempre com a chantagem de se não cumprisse os prazos o contrato era rescindido. Fiz o trabalho e ficaram com ele e esperei que me distribuíssem mais trabalho. Desfizeram o grupo (á excepção do coordenador amiguissimo do director) e fui parar a uma divisão na qual o chefe de divisão não me aceitava de bons olhos. passaram-se 10 meses. Pelo trabalho que fiz este Chefe de Divisão reconheceu o meu empenho e ficou surpreso da "prenda" do director que quis pessoalmente dizer-me que "tinha muita pena mas que não era uma questão pessoal" e mais coisas assim além de não se importar de me fazer "uma carta de recomendação" (tudo isto refinado com um sorriso) .
Resumindo. Não vale a pena, que gosta e quer trabalhar, ficar num empresa (porque é o que a CML se está a transformar) e desgastarmo-nos a cabeça todos os 6 meses a ver quando é que nos põem fora (juntando os concursos abertos durante dois anos e que depois são anulados). Temos que fazer valer os nosso direitos de nos indemnizarem e termos direito a subsidio de desemprego. Paralelamente a termos, cada um, advogado ou não, penso que termos juntar para um mesmo objectivo.
Resumindo. Não vale a pena, que gosta e quer trabalhar, ficar num empresa (porque é o que a CML se está a transformar) e desgastarmo-nos a cabeça todos os 6 meses a ver quando é que nos põem fora (juntando os concursos abertos durante dois anos e que depois são anulados). Temos que fazer valer os nosso direitos de nos indemnizarem e termos direito a subsidio de desemprego. Paralelamente a termos, cada um, advogado ou não, penso que termos juntar para um mesmo objectivo. Trabalhadora identificada
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Petição pelo Portal LX Jovem
Por diversos meios de comunicação social, chegou ao nosso conhecimento que a Câmara Municipal de Lisboa pretende fechar o premiado portal internet da Lisboa Jovem, que conhecemos por www.lxjovem.pt. Sabemos que toda a equipa do Portal recebeu cartas de despedimento.
Links:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=302384 http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=63773
É nossa opinião que o portal da LXJOVEM representa um bem comum aos jovens de Lisboa e que é necessário a todos. É nossa opinião que um bom trabalho, como aquele que este portal tem fornecido à juventude, deve ser recompensado, ao invés de penalizado, como aliás deveria ser norma na sociedade portuguesa. Lembramos também que é neste portal da LXJOVEM que existem aconselhamentos de planeamento familiar, sexualidade e orientação profissional gratuítos, que é um serviço que mais nenhuma Câmara do nosso país disponibiliza aos jovens. Aliás, é deveras absurdo que a primeira medida pública desta nova Câmara de Lisboa, no que nos diz respeito, seja exactamente acabar com este meio pelo qual nos identificamos e comunicamos.
Consideramos que esta atitude da CML e do seu presidente, António Costa, vai contra a vontade dos jovens de Lisboa, que visitam e participam no Portal da LXJOVEM e usam esse meio de comunicação para saber eventos da cidade de Lisboa, participar dos seus passatempos, ver os seus videos, concertos em directo e como meio de divulgação as nossas actividades. Já chega de prepotência contra a juventude, sem que tenhamos uma palavra a dizer. Os partidos políticos, seja qual for a sua côr, apenas querem o nosso voto quando estão em campanha eleitoral, mas depois não ouvem as nossas reivindicações e necessidades.
Assim, lançamos este repto: Se não concordas com o despedimento da equipa da LXJOVEM e com o encerramento deste meio deixa a tua assinatura em baixo.
Não temos qualquer conotação politica, ligação, "cunha" ou amigos no portal da LXJOVEM, e ninguém nos está a pagar nada por isto.
http://www.petitiononline.com/lxjovem
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Ponto de Situação
Mais uma vez queremos deixar bem claro que a nossa posição é a defesa dos trabalhadores precários que efectivamente prestam serviços relevantes ao município cumprindo horários de trabalho, subordinação hierárquica e demais premissas, à semelhança de trabalhadores com vinculo efectivo. Ou seja, trabalho inserido na prossecução das atribuições e competências da CML. Daí, nós separarmos o trigo do joio, denunciando todos os casos que nos fizerem chegar de compadrio ou nepotismo, sejam baseados em razões familiares, afectivas ou partidárias. Com esse tipo de regras duvidosas não compactuaremos; somos pela transparência e pelo rigor das decisões.
Queremos também frisar que exigimos ao Presidente António Costa que responsabilize os recursos humanos e seus quadros políticos e executivos pela inexistência de estudos ou relatórios na área de gestão dos recursos da autarquia. O problema não é de hoje, é de sempre e pelo que conseguimos perceber, vai continuar neste executivo. Mais a mais, só assim se compreende que estejamos a passar por esta situação, tendo hoje a CML mais de 1000 trabalhadores com vínculos precários no activo, sendo que a maioria destes desempenha funções de relevância ao município e aos seus munícipes. Também só assim se justifica que trabalhadores precários com longos anos de ligação à CML sejam dispensados sem que seja equacionada uma solução enquanto os quadros de pessoal vão sendo abertos sem qualquer critério de relevância para a CML e para a cidade, sem absorver a quantidade existente de pessoas com vincúlo precário.
Solicitamos ainda a todos que façam chegar até nós todas as informações que considerem importantes para a nossa luta. De primordial relevância seria termos números exactos e fiáveis dos despedimentos ocorridos na semana transacta, características dos contratos e relação de tempo de vinculo e actividade exercida.
Com natural importância, solicitamos a quem tenha dados concretos sobre o número de trabalhadores precários a desempenhar funções na CML que nos transmita. Refira-se que os números apresentados por António Costa e pelo DMRH não parecem minimamente credíveis, a começar por factores aritméticos simples como a adição (veja-se os números apresentados ontem à SIC e ao Diário de Notícias). Mais a mais, atendendo ao facto de o executivo passado ter apontado para quase 1300 o número de vagas a preencher no (até aqui adiado) «contrato individual de trabalho de direito privado» (na altura relembramos que foi tido por escasso), há aqui dados que não estarão a encaixar na realidade dos factos. Pode ser que encaixem noutras realidades, não na nossa, daí solicitarmos toda a atençãopossível aos "números".
Como nota final queremos ainda realçar que não estamos ao serviço de nenhum partido político, até porque - certamente, uns mais que outros - todos têm responsabilidades na situação gravissima a que chegámos. Porém, não podemos esquecer que a posição tomada pelo Vereador Sá Fernandes nesta matéria tem sido sempre dúbia, o que nos leva a pensar num utilitarismo político sem precedentes por parte de um político apoiado num partido que se afirma apoiante das causas dos trabalhadores. É preciso não esquecer que o Vereador Sá Fernandes é membro integrante do executivo municipal liderando por António Costa. Pretendemos assim responder a quem nos acusou de disparar indiscriminadamente contra o vereador do Bloco de Esquerda - é falso que o tenhamos feito; fizemo-lo em consciência e com seriedade. Como tal, lembramos mais uma vez o comunicado emitido pelo gabinete do Vereador Sá Fernandes em 3 de Outubro de 2007 (clica aqui). Não podemos esquecer que quase 130 pessoas perderam o seu emprego e pensamos que o Vereador Sá Fernandes também não o deve esquecer. Em nome da palavra dada!
domingo, 4 de novembro de 2007
Um caso a condenar
O caso em questão remete para uma avençada com uns dois ou três anos de vencimento na ordem dos 2 500 euros para fazer um trabalho que poucos entendem qual é. Perante não o despedimento mas sim a redução do vencimento, a senhora em questão fez soar o seu desacordo e impetuosa avançou para o dirigente sugerindo: “Mandem quem tiverem de mandar embora mas nem pensem que me reduzem o ordenado”.
Sob o olhar surpreso de quem presenciava tal cena, a avençada continuou batendo na mesma tecla enquanto o dirigente sem reacção não sabia muito bem o que fazer. Sem pejo, a douta avençada fez saber que ia falar com os “amigos”.
Certamente, por ali poucos duvidam que muitos daqueles que hoje ali trabalham acabem perdendo o emprego, porém, já se sabe, aquela “colega” com “amigos” influentes deverá ficar pela casa e continuar a receber os tão honráveis 2 500 euros mensais – pode não ser do estatuto de um assessor, mas já é um vencimento digno!
Esta história passou-se há alguns dias num departamento da Câmara Municipal de Lisboa nas instalações do Campo Grande e foi presenciada por quase uma divisão inteira. Agradecemos terem feito chegá-la ao e-mail (lisboaemalerta@gmail.com) da Equipa Lisboa em Alerta de modo a que seja notório para todos que aqui não tomaremos o partido de pessoas inescrupulosas, mesmo que sejam «recibos verdes». Até porque quando se vêem colegas de muitos anos serem dispensados da forma como foram nos deixa muito pouca vontade para suportar os caprichos de alguns “tachos”.
Mais de 120 trabalhadores dispensados
O remetente, a Direcção Municipal de Recursos Humanos (DMRH), liderada pelo Vereador Cardoso da Silva, ex-quadro da banca privada, e pelo Sr. Centeno Fragoso, ex-quadro dos Correios de Portugal, fazia saber a mais de 120 «recibos verdes» que a partir do próximo ano a Câmara Municipal de Lisboa (CML) não conta mais com os seus serviços.
Ao que conseguimos apurar, não houve critérios explícitos e transparentes para a tomada de posição da CML. Mas naquilo que é público, ficámos a saber que alguns trabalhadores a «recibos verdes» há mais de 10 anos (leram bem, 10 anos, algures no século passado!) tornaram-se subitamente dispensáveis à autarquia.
Ficámos também a saber que o Presidente da Câmara, o Vereador Sá Fernandes que tanto propagandeou a manutenção de todos os postos de trabalho (comunicado assinado pelo próprio em 3 de Outubro de 2007) e esse arauto do bom funcionamento dos serviços municipais que é a DMRH, liderada por um senhor que custa aos cofres da CML cerca de 5 500 euros por mês, iniciaram o processo de saneamento de postos de trabalho. Porém, como o demonstra a lista de despedidos o critério deverá ter sido muito pouco estudado pelo que nos é permitido pensar na mais brutal e desumana arbitrariedade.
2. Como ponto de situação, para não sermos atacados com adjectivos tipicamente usados para denegrir a imagem de quem trabalha, queremos sublinhar que defendemos a necessidade de ajustamentos no tocante aos recursos humanos da autarquia, porém, não deixa de ser estranho que nestes dispensados não tenha sido apontada uma única razão plausível para levar estes mais de 120 trabalhadores ao despedimento.
Conforme nos foi possível saber, estes trabalhadores asseguravam o funcionamento de serviços, não se tratando portanto de meros figurantes como os muitos que, infelizmente, continuam na CML, denegrindo a imagem da instituição e daqueles que tentam no dia-a-dia fazer com que a cidade seja um sítio melhor. Talvez, numa primeira abordagem a fundo se venha a saber que estes futuros desempregados, sem direito a indemnização ou subsídio de desemprego, não tinham aquela garantia tão afiançadora de um futuro radioso em Portugal como um cartão de partido ou um conhecimento no lugar certo.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Apresentação
A equipa que gere este blog tem a preocupação de manter o anonimato dos seus membros e de potenciais colaboradores.
Os nossos principais objectivos são tornar público a situação precária de mais de 1 000 trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa que de há anos para cá asseguram o regular funcionamento dos serviços e que vêem, com a chegada do executivo liderado pelo Sr. António Costa, perigar a sua única fonte de rendimento, rendimento esse conseguido com o seu trabalho e dedicação à autarquia que os emprega.
Nós somos os «recibos verdes» da autarquia. Pessoas que o Município mascara com contratos de avença ou de prestação de serviços. Este é o nosso espaço.
Divulga este blog! Participa, enviando o teu contributo para lisboaemalerta@gmail.com